segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sim, é presente. Pode embrulhar

Dezembro. calor. vendedores que vendem até água salgada na praia. falsa ilusão de poder aquisitivo graças ao 13º salário. eu fazendo planos para o ano que vem. calor. mensagens de 'feliz natal e próspero ano-novo'. Sadia e seu peru de natal; Perdigão e seu frango de domingo exclusivo (aka Chester). missa do Galo. aceita Redeshop? especial Roberto Carlos. não, não vou viajar. publicidade no auge, levando todos a beira das lágrimas com as mais lindas mensagens de esperança para o novo ano. Caras estampando todos os artistas do Brasil vestidos de branco. calor. árvores de natal e papais noel ctrl+c/ctrl+v em nossos orkut's. show da virada. champagne Sidra Cereser sabor maçã. "É só uma lembrancinha" [misto de desprezo e raiva - é um par de meias] "Ah, não precisava... obrigado". calor: é o efeito estufa. Globo dizendo que este é um novo dia de um novo tempo que começou.

Tudo tão last week.

Precisamos todos de uma versão de atualização 2.0 de dezembro.

sábado, dezembro 02, 2006

Antes que eu me esqueça

Como é possível você ser a peça principal na vida de uma pessoa e, tempos depois, esta mal lembrar seu nome?

Sei que ninguém tem, assim, um valor fixo na vida de alguém; os valores que damos às pessoas são passíveis de mudanças a cada dia. Mas eu não sou assim, se alguém foi importante por aqui, será sempre. Claro que seu valor agregado pode mudar: existem graus e graus de importância. Mas ainda assim.

O tempo passa, as coisas mudam, os fatos somem... a memória, não (aliás, não deveria, num plano perfeito).

Por que as pessoas especiais mudam?

Obs: Comecei este post escrevendo sobre 'As 10 razões para gostar de dezembro'. Quando terminei, relí, não gostei e apaguei. Foi-se.

domingo, novembro 19, 2006

A midiatilização e nós

Só um rápido pensamento: tudo o que sabemos, sabemos pela mídia.

A mídia e os meios de comunicação transformaram tudo em produto, inclusive nós.

Querem exemplos?

Nosso conceito de beleza. Esse é clássico, todos falam etc.
E nossos relacionamentos? quem não espera um romance hollywoodiano?
Nossas idéias de pessoa bem-sucedida, de pessoa feliz e infeliz... tudo midiatilizado.

Creio que não há muito que possa ser feito para esse quadro mudar.
É algo tão enraizado em nós que deixa-nos duas opções: adaptar-se ou ser um loser coitadinho.

Como percebi conversando com um amigo um dia desses, até nossas expectativas ao entrar na faculdade (ou colégio) são expectativas glamourizadas, como naqueles filmes que vemos no cinema. É bem aquela coisa de seriado. Todos procuramos uma vida acadêmica com muitas aventuras estilo seriado americano mesmo.

Queremos, ainda que sem perceber, uma vida à lá The OC, Friends ou Laguna Beach.

Pena que a vida real não é um filme e nós não somos heróis.

terça-feira, novembro 07, 2006

Vida rotineira, hiatos e premiações

Aqui estou eu de novo.
Demora, mas não falha (apoiando a última campanha aqui lançada - "O clichê tem seu valor").

Assim, em meio a provas semestrais na faculdade e serviços pendentes acumulando-se no trabalho, a inspiração e vontade de escrever aqui me fogem. Nem consigo observar aqueles fatos que eu gosto de observar para comentar aqui, sabem? Preocupações me deixam meio cego para o mundo.
E ainda temos o horário de verão que consegue desbaratirar-me de uma forma inimaginável (levo dias e dias para me acostumar com a ausência desta hora que nos foi roubada e só será devolvida em fevereiro).

Então darei-me o luxo de falar de mim, tá?

Eu quero uma mudança, uma quebra de rotina. Sei que isso não acontece do dia para noite, requer algum tempo e tal, mas... eu quero já. Queria acordar com a brand new life.

Não que eu esteja descontente com minha vida atual, muito pelo contrário. Sou feliz, graças a Deus. Mas queria uma nova rotina, com novas pessoas, novos desafios etc. Enfim. Quem vem comigo?

Ganhei um Oscar dos blogueiros. Não é legal?
Agradeço a todos pela atenção aqui dispensada, pelos comentários de apoio, por gastarem o tempo de vocês lendo as minhas devagações... (um beijo pra minha mãe, pro meu pai e especialmente pra você, Xuxa).

Agora acabou o expediente, tenho que ir. Prova de sociologia me espera.

E perdoem-me pelo post à lá "Querido diário..."

Adoro vocês, queridos leitores.

sábado, outubro 28, 2006

A importância de um clichê

Vendo uma carta-declaração-de-amor de uma amiga pra outra, lembrei de como é importante um clichezinho.

Era uma carta escrita na capa de uma apostila, carregada de frases do tipo "que você brilhe sempre", "nunca mude seu jeito de ser", "estarei sempre aqui quando você precisar".

Às vezes, tudo o que precisamos ouvir é um "nossa amizade é para sempre, nunca te esquecerei", por mais que saibamos que isso não seja verdade.
É claro que há altíssimas chances daquelas duas amigas esquecerem-se uma da outra nos próximos anos, mas naquele momento a intenção da que escreveu era que a amizade delas fosse para sempre.
No alto de seus 13 anos ela não faz noção da magnitude que "para sempre" representa. Provavelmente também não estará sempre lá pra quando a amiga precisar. Mas essa é a sua intenção.

Uma intenção sincera.

Ainda que haja uma banalização mais que exacerbada dessas frases de efeito, algumas vezes elas nos fazem bem e cumprem seu papel perfeitamente.

Eu, por exemplo, sempre tentei fugir dessas expressões exageradas nas declarações para amigos/namorada, porque sempre tive noção da utopia que elas representam. Mas será que eu sempre consegui achar as palavras certas para demonstrar o quanto eu considerava alguém tanto quanto um "nunca te esquecerei" consegue?

"Amigo não é aquele que diz 'vá em frente' e sim 'vamos juntos'."
(Direto da cartinha da menina)

Podem dizer um chavão desses sem medo. Esqueçam as normas que dizem que clichês empobrecem o texto: nessas horas, eles cumprem seu papel melhor do que qualquer linguaguem rebuscada.

É sincero.

domingo, outubro 22, 2006

Análise de um romance insólito

Essa semana um casal que passava na rua me chamou atenção.

O rapaz abraçava a moça em plena calçada e eles trocavam beijos cheios de emoção. Fato que passaria despercebido por mim se não se tratasse de um casal de mendigos de meia-idade.

Ele, mal vestido como todo mendigo, contemplava sua amada com um sorriso que dava gosto de ver. Ela, totalmente aquém das tendências de moda da última edição da Vogue Brasil, retribuia o carinho com abraços e beijos. Cena típica de um casalzinho adolescente.

Sem perfume, sem roupas novas, sem maquiagem e todos aqueles apetrechos que nós, os não-mendigos, consideramos indispensáveis para um encontro.

Eles não tinham um lugar legal pra namorar, então sentaram na calçada e ficaram por lá mesmo. Não podiam entrar num shopping, ir a um cinema e nem fazer nenhum programa típico dos namorados não-mendigos, então ficaram lá pelo chão mesmo. E ficaram felizes, com um sorriso no rosto de ambos.

Apesar das condições em que se encontravam, eram um casal de verdade; ao menos naquele momento, eles eram felizes.

Eles tinham amor (e mais nada - também, de que mais precisariam?).

Em quantos relacionamentos que vemos por aí só é preciso amor e mais nada?

domingo, outubro 15, 2006

Direto do túnel do tempo: uma (ousada) tentativa literária

O Texto Mais Lindo do Mundo

No texto mais lindo do mundo não cabe falar de dor ou aflição, me desculpe.
Nas palavras podemos ser o que quisermos, logo eu sou o herói. Exaltaremos tudo o que é bom e eterno. Se aqui eu dito as regras, declaro que o amor é o suficiente para qualquer um que sente fome.

Ainda no meu mundo ultra-romântico, estou certo de que a esperança aquece quem sente frio.
Não esquecer que amar alguém já é o bastante e renovar as esperanças para um novo dia é fundamental. Palavras, palavras, palavras... afinal, para que serve esse texto?
Ninguém vai achar conforto nesse clichê Camoniano. As dores e necessidades físicas transpassam nossas belas palavras. Então, o que posso fazer para ajudar alguém que precisa de conforto? Digo que a vida resiste às adversidades e o trabalho é a melhor maneira de vencermos.

Mas lutar pelo quê, como, onde?

Lutar para saciarmos nossa fome diariamente pode ser o bastante, para muita gente... gente essa que acredita num mundo melhor. Não esquecer de renovar minha dose de esperança a cada dia, mas isso é o bastante pra mim? Não, no momento eu queria um computador novo...

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Obs: Essa é uma redação minha de outubro passado, do 3º ano do Ensino Médio. A professora propôs que fizessemos o texto mais lindo do mundo, após apresentar-nos uma poesia de João Cabral de Mello Neto. Destacou minha redação pela "ousadia e tentativa literária".

Então tá, né.

Recordar é viver (é o que dizem, eu discordo um pouco).

terça-feira, outubro 10, 2006

Sobre a deslimitação

Deslimite-se.

Tenho observado que muitas pessoas deixam de fazer muitas coisas porque isso e aquilo não condizem com o esteriótipo por ela traçado como dogma de vida.
Por exemplo: Sou fã de heavy metal. Como posso ouvir uma música pop, ainda que o som tenha me agradado? Nunca.

Descatracalize-se.

Ainda que você seja um amante da literatura de Manuel Bandeira, ler um Código Da Vinci esporadicamente também é um ótimo passatempo. Pode ler sem medo: isso não te fará menos inteligente que ninguém. Pior é ler um Oswald de Andrade sem nem ao menos saber o que foi o movimento antropofágico.

Abaixo o pseudo-intelectualismo.

Ninguém é nada: sua profissão, sua titulação acadêmica e os livros que você lê não te fazem melhor que ninguém. Condições meramente figurativas e ínfimas num plano muito, muito maior que é o conhecimento.

Quer discutir? estude.

Eu não vou discutir o problema da educação no Brasil porque não sou educador e corro o risco de falar bobagens. Se todos pensassem assim, nos poupariam de tanta coisa...

Abaixo as pessoas que pensam que são e na verdade não são.

Deslimite-se e seja feliz porque, no final, se ela dança, todos nós dançamos.

domingo, outubro 08, 2006

Com a palavra, o presidente do Brasil

"O que vocês (PSDB) fizeram em quatro séculos não pôde ser desfeito em quatro anos de governo" - Presidente Lula, no debate eleitoral da Rede Bandeirantes

Seria o PSDB formado por espíritos imortais que assombram o país desde 1606?

E ainda nos deixou outra reflexão:
"É que de 170 pra 170 mil é uma diferença mínima" - Lula

Amanhã peçamos à nossos chefes que multipliquem nossos salários em 1000 vezes; a diferença é mínima.

Esse é o nosso presidente.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Espectador ou parte do espetáculo?

De uns tempos pra cá descobri que as pessoas me percebem demais.

Acompanham meu eu-virtual do orkut (tem uns que batem cartão nos meus recent visitors diariamente, há semanas); acompanham minha vida universitária; analisam meu comportamento no dia-a-dia, até em site com fotos de baladas me acham.

Falando em balada, essa semana interceptaram meus planos pra próxima balada e convidaram-se pra ir junto. Não é o máximo?

Sim, quem se expõe na internet está sujeito a tudo isso, perdemos nosso direito de imagem e tal... mas, assim, nunca imaginei que eu pudesse despertar tamanha audiência.

Mas, enfim, acho isso ótimo.
Não sou espectador da vida de ninguém.

Sou protagonista, baby.

segunda-feira, outubro 02, 2006

A resposta de São Paulo

Levamos Alckmin ao segundo turno. Nós, povo paulista, demos uma resposta expressiva nas urnas.

Agora vamos ver quais serão as estratégias eleitorais do PT: até então, Lula estava no seu pedestal, na defensiva. "O candidato que não ofende ninguém" terá que suar muito se quiser ser presidente novamente.
Fugir de debate e dizer que não sabia de nada custou uma reeleição que já era dada como certa.

Ainda bem que a justiça terá tempo de investigar o caso do dossiê antes das eleições de 2º turno. Sinto que será uma disputa muito mais judicial que eleitoral.

Preparem-se para ver baixaria pesada, dos dois lados, nos próximos programas eleitorais. Ataques pessoais, ofensas e tudo aquilo que políticos fazem como ninguém.

(E quantos mensaleiros, sanguessugas e suspeitos de corrupção foram eleitos no Congresso e Senado? E o Clodovil como terceiro deputado mais votado? Vergonha)

Que comece a luta.

domingo, outubro 01, 2006

Nas eleições, parte I

Por que não prendem quem entope nossa cidade de panfletos políticos?

Todo ano é a mesmíssima coisa: fico assustado com a quantidade de papel jogado nas ruas. Montanhas (literalmente) de papel branco, de primeira qualidade, que só servirão pra entupir as já entupidas tubulações de esgoto de São Paulo.

Quantas árvores foram cortadas pra nada?
Pura corrupção moral.

Minha vontade era de tirar uma foto de cada panfleto no chão e entrar em contato com cada candidato, obrigado-os a pegar numa vassoura e passar um dia de gari.

Coitados dos garis, amanhã terão que trabalhar muito, muito mais e não ganharão um centavo adicional por isso.

E eu que passo a vida convencendo as pessoas a não jogar lixo nas vias públicas... aí todo meu esforço vem abaixo a cada eleição.

Começamos bem, agora aguardemos pela apuração dos resultados. Nunca esperei tanto um resultado de eleição como espero hoje.

Então... aguardemos.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Felicidade é circunstância vivida

Não temos uma vida, vivemos uma grande circunstância.

Ninguém pode dizer que está feliz, alguma circunstância levou a pessoa àquele momento.

Logo, também ninguém é triste: alguma circunstância momentânea está criando aquela condição.

Circunstância e condição, é isso que nós somos. A vida é puramente circunstancial.

Se alguém te disser que é feliz, não acredite. A pessoa está sob os efeitos de uma circunstância feliz. E por aí vaí. Aproveitem as circunstâncias boas antes que uma ruim chegue e você imagine que aquilo chama-se tristeza.

Não há felicidade, não há tristeza, não há amor: há circunstância.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Quanto custa seu sonho?

O meu, custou pouco.

Desiste-se dos sonhos por um emprego, pelos estudos, por algo que substitua a lacuna que este tinha em nossas vidas. Ambição e desejo são facilmente comprados pelos prazeres que só o capitalismo pode comprar. Para todos os outros, use a imaginação e continue com seus sonhos: presente em todos os lugares desde a fundação do mundo.
E o que seria de nós se grandes sonhadores, como Santos Dumont, fossem corruptíveis e desistissem de seus ideais?

Ops, isso já tá ficando clichê demais. Hora de mudar o enfoque:
Qual o prazo de validade do seu sonho?

Quem aqui tem um ideal utópico e luta por ele desde quando esse sonho tomou forma?

É, eu sei... é difícil, eu entendo.

Se este fosse um filme da Disney, terminaria com uma mensagem estilo "nunca deixe de sonhar", mas, como não é, deixarei vocês com uma frase que meu sábio pai vive dizendo:

"A vida é dura, pra quem é mole."

É pra se pensar.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Técnicas e métodos de uma vida feliz (ou quase)

O que leva uma pessoa a sair de duas promissoras aulas de Técnicas e Métodos da Pesquisa com um catedrático em educação para ir à Avenida Paulista atrás de algum barzinho legal e (agora vem o pior - preparem-se) acabar no Mc Donald's?

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E quando ouvimos coisas que abalam nossos mais intangíveis preceitos de vida?

"Liam Gallagher (vocal do Oasis) é como a Kelly Clarkson, né? Ele só vai lá por a voz nas músicas do Noel (Gallagher, guitarrista da banda) e pronto."

"The Verve (Pra quem não sabe quem são esses: 'Coz it's a bittersweet symphony, thats liiife) é uma banda muito super-estimada, igual o Nirvana..."

Ainda bem que eu tenho uma política de não-discussão diante de coisas desse tipo; impede a produção de radicais livres e previne o envelhecimento precoce.

Let it be.
Orarei pelo pecador.

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Daqui uns 40 anos, publicarei um livro que começo a escrever amanhã. Aguardem: quem viver, verá.

Obs: E o primeiro que digitalizá-lo e jogá-lo num Emule do futuro vai ser infeliz pro resto da vida. Está lançada a maldição de G. Pinheiro.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Hollywood que se cuide, entretenimento é aqui

E nessa semana começou o horário político.
Não queria entrar no cunho político neste blog, mas como eleitor e estudante de jornalismo que no futuro terá alguma responsabilidade social com a população brasileira, não posso me abster totalmente de comentários.

Horário político está tornando-se um filme, cada político assume um personagem.

Começamos com o PSDB achando que somos idiotas e esquecemos que o caos que São Paulo vive na área de segurança pública hoje é fruto de mais de uma década do comando PSBD por aqui, representado por Mário Covas (que Deus o tenha - ou não) e Geraldo Alckmin, este último também atual candidato a presidência, como vocês sabem. Basicamente, atacam o mensalão, chamaram repentistas (para deixar o candidato com cara de "povo", é claro) e fizeram um jingle bem interessante focando mensalão, corrupção e todas as mazelas do PT.
"É mensalão, é dólar na cueca, é corrupção... pra essa gente não dou meu voto não, não!".

E o Geraldo se achando o próprio John F. Kennedy em seu programa eleitoral. Passando toda aquela vontade de trabalhar, reforçando sua jovialidade (?), mostrando disposição... alguém avise-o que ele não deu conta nem do PCC em Sampa. Deveria ter trabalhado por aqui, isso sim. Só por curiosidade, Alckmin (com todo o poder do PSDB) conseguiu engavetar não sei quantas mil CPI's em que ele estava envolvido para lançar-se candidato a presidência. Interessante...
Mas, enfim. Passou.

Passaram mais alguns partidinhos, aquela enganação toda... mas o melhor da noite ainda estava por vir. Peguem as pipocas, é hora do programa do PT!

Subitamente, um vermelho-fogo invade a tela. Estrelinhas com a sigla do partido aparecem. É o Partido dos Trabalhadores, minha gente.
Lula aparece mais jovem do que nunca (segundo a Veja dessa semana, graças a algumas aplicações de Botox). Com todo seu carisma, fala algumas palavras escritas por alguém e logo ele aparece em meio ao povo.
Principal slogan da sua campanha: "Lula é do povo, tem cara de povo".

Demagogo, hipócrita e fingido.

O defensor da ética que tanto acusava os outros de corrupção, o imaculado que só não sofreu impeachment no meio do governo porque a oposição, substimando sua força junto aos eleitores, não quis.

Não entra na minha cabeça como uma pessoa em sã consciência vota no Lula. Antes de todos os escândalos do PT já não achava uma boa escolha, mas reconheço que era por convicções pessoais. Mas agora...

Votar no Lula significa absolver o PT de toda sua sujeira.
Mensalão, dólar na cueca, licitações impróprias, desvios de verbas, ministros renunciando, o todo-poderoso do PT envolvidíssimo (Zé Dirceu).
Caiu tesoureiro, caiu ministro da economia, caiu chefe da casa civil. E Lula não sabia de nada, nada...

Por que isso, se eram todos inocentes e, segundo nosso presidente, esses episódios todos não passaram de "atos mal incencionados de gente ruim que quer desestabilizar o governo"?

Será que todo mundo esqueceu disso?
Tudo isso será perdoado por cada um que votar no 13.

A democracia brasileira é uma conquista, é o único meio de tirarmos essa gentalha do poder. Jamais pode-se dizer que "aqui precisa de ditadura, de uma mão forte", como ouço por aí.

Mas de que vale tudo isso se querem os ladrões no poder?

Vota, Brasil.


Obs: Estarei vendo a última temporada de Friends durante os próximos circos-político. E prometo que no próximo post não perderei mais tempo falando disso; comentarei o último episódio do eterno seriado preferido da América. Ganho muito mais (e ainda vejo a Jenn Aniston).

quinta-feira, agosto 10, 2006

"Aqui é assim, se for bonitinho, beija"

- É que eu nunca beijei, só selinho, eu não sei beijar.
- Todo mundo sabe beijar, é como mamar, você já nasceu sabendo¹... olha, treine com o braço.

* Minutos depois e após muitas mordidas no próprio braço *

- Isso, aprendeu... aí amanhã a gente chega nele, vocês beijam na entrada e já era.
- Mas isso é ficar?
- É, né...
- Hmm... mas e se ele não gostar de mim porque eu sou musculosa²?
- Hahaha! que besteira... você não é, não... e ah, uma coisa importante: dê uma apertadinha na bunda dele, de leve³.
- O quê? eu não sei fazer isso!
- Ah, burra! claro que sabe... oh, vou te mostrar como que é.

* Aperta a bunda da amiga com finalidade estritamente educativa *

- Bom... vou tentar. Mas me diz, depois do beijo... e aí?
- E aí o quê?
- Eu faço o quê, vou embora?
- Aí depende... se vocês dois gostaram, podem ficar outro dia...
- E se ele não gostar e falar mal de mim?
- Ih, não ligue... se ele falar mal de você, você fala mal dele também, diz que ele não sabe beijar. Acaba com a moral dele... não se preocupe.
- Aiai... tudo bem então, agite ele pra mim amanhã, na hora da entrada.
- Eeeeeeeee! tá, pode deixar!

(Reprodução de uma conversa que eu presenciei ontem, onde um menino de 15 anos induzia uma garota de 11 a ter um romance-relâmpago com seu amigo de 12).

Notas:

1. Se já nascemos sabendo como beijar, então o beijo é um instinto pré-progamado pelo nosso subconsciente, assim como respirar, piscar os olhos etc. Por isso que todas as pessoas beijam de forma "correta", certo? bem como ninguém é capaz de respirar "errado".
Tudo bem que usei-me de um silogismo, mas é pra se pensar. Sábios 15 anos.

2. Olhem a preocupação de uma menininha aos 11 anos. Que músculos ela poderia ter pra afastar alguém? Como se fosse uma fisioculturista no auge do treinamento.

3. Uma garotinha dessa idade dando "apertadinhas" na bunda de um menino de 12 anos? Pagaria pra ver essa cena. Atitude totalmente induzida por um garoto mais velho, com isso acabam com a pureza das crianças.


Conclusão: Ou esse mundo está perdido ou eu que era muito inocente aos 11 anos pegando apenas na mão da menininha que eu amava.

Essa geração precisa assistir um pouco menos de Rebelde e mais Pokémon.

Em tempo: Alguém aí diz pra garota que ela iria se divertir muito mais brincando de pique-esconde que apertando a bunda do outro?

sexta-feira, julho 21, 2006

Saudades

Do tempo em que cabular as duas últimas aulas (2 ou 3 vezes por semana) era tudo o que eu mais queria.
Atualmente, se perco uma aula na faculdade, já me sinto mal.

Do tempo em que não fazer educação física era meu objetivo do dia. Hoje em dia, sou o atleta de academia.

Do tempo em que eu gastava todo meu dinheiro num CD edição especial japonesa por causa de uma ou duas músicas bônus.
Agora só compro CD no saldão do Submarino.

Do tempo em que eu vivia pintando o cabelo e não saia de casa sem gelzinho.
Hoje, tem vezes que eu nem me penteio, só dou uma arrumada no cabelo com a mão.

Do tempo em que tocava uma musiquinha no violão e me sentia o rockstar. Meu maior sonho era ter uma guitarra.
Realizei meu sonho e, no máximo, vejo-me como um concorrente do Ídolos (do SBT) tocando um violãozinho.

Do tempo em que elaborar as melhores colas pra prova de física e química eram minhas maiores preocupações.
Hoje, nem sei mais o que é colar. Estudo, estudo e estudo.

De assinar camisetas no final do ano letivo, com as célebres expressões: "Te adoro 4ever, amigos 4ever, conte sempre comigo" e coisas do gênero.
"Sem saber... que o 'pra sempre', sempre acaba" - Renato Russo

Do tempo em que ter 100 reais na carteira (ganhados no natal ou aniversário) era como ter um cartão de crédito sem limites e nem saber como gastar.
Agora, todos meus 100 reais vivem mais empenhados, contados e administrados que água em época de racionamento na praia.

Portanto, concluo que tudo é relativo, como dizia mestre Einsten.

Nunca substime o poder do tempo; nossas vontades e gostos tem prazo de validade. (vide meu caso)

Obs: Poderia continuar listando mais várias outras coisas, mas não quero baixar o nível deste blog. Mamães e senhoras de idade talvez possam ler isso e eu sou rapaz direito.



Saudades dos meus 14/15/16 anos... mas, como tudo na minha vida, saudade passageira.

Ainda bem.

quinta-feira, julho 13, 2006

There's nothing conceptually better than rock'n'roll (John Lennon)

E como hoje é o dia mundial do rock, não poderia deixar isso passar batido.

Pra muita gente, é apenas um estilo de música de gente doida. Uma barulheira.
Pra outros, é algo ultrapassado. Uma atitude antiga.

O rock vem se reinventando desde a década de 50. Passou pela revolução dos anos 60, pela psicodelia dos anos 70, pela festa dos anos 80, deu uma grande chacoalhada nos anos 90 e agora anda bem quieto na nossa era pós-moderna.

Sim, atualmente o pop/rock vem dominando o mundo e há muito tempo não temos nada realmente bom, mas será que alguém tem idéia de quantas pessoas diariamente descobrem os Rolling Stones? quantas pessoas ao redor do mundo ouvem um Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band pela primeira vez? quantos jovens guitarristas se inspiram com mestre Jimi e sua Voodoo Child?

Aqui no Brasil, temos Renato Russo e sua Legião Urbana. É comum de se ver algum moleque em loja de CD's levando pra casa um Legião Urbana - Dois e descobrindo aquilo anos e anos depois do fim da banda.

Por isso, o rock'n'roll já ultrapassou as fronteiras do som. Nenhum estilo foi tão forte, influenciou e abrangeu tanta gente e sobreviveu por tantos anos como o rock (sendo este em todas as suas vertentes).

Mas esse dia mundial do rock está de luto. Perdemos Syd Barrett, gênio criador do Pink Floyd, uma das maiores e mais inovadoras bandas de rock de todos os tempos.

Portanto, dediquemos esse dia a ele.


"Rock'n'roll will never die", já dizia Neil Young.
E a obra do Crazy Diamond também não.

quarta-feira, julho 12, 2006

Férias

Sem trabalho, sem faculdade, sem o relógio fazendo pressão psicológica da nossa vida cronometrada.

Passar os dias a toa é bom... mas adoro uma loucura de horários.

E descobri por que os dias passam rápido: vivemos planejando amanhã e não vivemos o presente.

Vai entender.

Dá preguiça até de escrever aqui...

[ Off ]

...

quarta-feira, julho 05, 2006

Quem viu a sexta estrela no céu nublado?

E agora as pessoas lamentam-se pela eliminação do Brasil na copa.

Mas numa seleção de pseudo-brasileiros, onde grande parte dos jogadores moram na Europa e ganham milhões de euros para estamparem campanhas publicitárias das maiores grifes do mundo, tenho certeza que a vida de ninguém mudou.

Todos saíram do jogo e foram para um hotel 5 estrelas na Alemanha.

No outro dia, enquanto os brasileiros voltavam pro trabalho, eles provavelmente descansaram da "grande pressão emocional" que foi a derrota na copa. Nada que uma conferência no extrato de suas respectivas contas bancárias não resolva, é claro.

Por que o Ronaldinho, o Fenômeno (o que ele tem de fenomenal?) jogou todos os jogos e o Robinho, grande promessa do nosso futebol, só entra nos últimos dez minutos do último jogo?

Isso é óbvio, meus amigos... Ronaldinho é garoto-propaganda da Nike. Robinho não.

E nosso povo, aquele que assistiu sentado ao circo da corrupção no qual a estrela principal caminha pra reeleição, estava lá desde as 6 da manhã no Anhangabaú amontoando-se pra ver o desfile de astros da nossa seleção.

Me orgulho de não ter visto um jogo dessa copa.

terça-feira, julho 04, 2006

'Cause it's a bitter sweet symphony, that's life

Sem mudanças, eu posso mudar
Mas eu estou aqui da minha forma
Eu sou um milhão de pessoas diferentes de um dia para o outro

Os caminhos de ar estão limpos e não tem ninguém cantando pra mim agora

Eu vou levar você abaixo pela única estrada na qual eu já estive

Você sabe que eu posso mudar

Porque é uma sinfonia agridoce, essa vida

...

Preciso dizer mais alguma coisa?
Salve o maior poeta dos anos 90: Richard Ashcroft

sexta-feira, junho 30, 2006

Sobre o destino, frio e amizades insólitas

Para encontrarmos uma pessoa durante nossa vida, precisamos de um conjunto de muitas e muitas condições pra isso acontecer. É preciso estar no lugar certo, na hora certa, no dia certo...
E ainda torcer para que vocês achem algum motivo para criar alguma afinidade automática (de aparências) e, por fim, se conhecerem.

Por isso, acho que todos que passam em nossa vida, passam por alguma razão. Não somente no sentido lírico da coisa, não me refiro a amor (até porque tenho uma outra teoria sobre esse assunto)... é um universo bem mais amplo. Talvez nunca descobriremos a razão pela qual tal pessoa conviveu com a gente por anos, ou mesmo por alguns meses... mas que houve uma, houve. Nossa percepção que não captou.

...

Frio é bom.
O tempo frio traz pra mim um ar de limpeza. Tudo e todos me parecem limpos. Não consigo ver sujeira no frio.
É no frio que nós colocamos nossas melhores roupas, tomamos banhos mais demorados, ficamos mais dispostos pra tudo. Nem comparar com aquele calor em que a pressão das pessoas caem e ficam todos jogados por aí. Frio (também) me faz feliz.

...

Acabaram-se minhas provas.
Prova pra mim é sempre algo complicado. Não que eu me preocupe com elas, eu dou uma lida na matéria e pronto. Nunca eu fui daqueles que ficam decorando apostilas, fazem mil perguntas pros amigos 5 minutos antes da prova e esse tipo de coisa. Deus me livre ser assim.
Eu repasso os tópicos principais, tento entender os conceitos da matéria e pronto.
Só que, no dia da prova, meu mantra é: "Preciso estudar, preciso estudar, preciso estudar..."
Isso fica ecoando na minha cabeça da hora que eu acordo até a hora em que eu pego a prova na mão. Eu não sei sentar, estudar e terminar alí.
Eu estudo um pouco de manhã, um pouco de tarde, um pouco durante o banho, um pouco no almoço, um pouco no caminho pra faculdade... e por aí vai.
Aí, quando recebo a prova, minha primeira impressão é sempre de que não sei nada. Mas aí, vou lendo, lembrando, enrolando... e dá certo. Pensando bem, usarei uma frase da minha mãe: "Via as provas como minhas amigas".
Acho que sentirei falta das minhas amigas.

...

Notas:

1) A vinda da Madonna ao Brasil não é mais certa. Este blog está de luto.
2) Comecei a trabalhar como jornalista... isso não é o máximo? =)
3) Será que a seleção perde pra França? Meu lado Pai Dinah diz que... hmm, deixa pra lá.

...

C'est la vie!

segunda-feira, junho 26, 2006

Na dúvida, siga em frente sem frituras

Novos dogmas da minha vida:


1. Abrir espaço para a qualidade de vida na rotina diária: Não deixe para depois de amanhã a melhora que pode-se produzir e estabelece hoje. A qualidade de vida é uma planta que nós temos que regar todos os dias. (Que metáfora ótima!)

2. Dar folga para o estômago: Seu estômago é um dos seus amigos mais importantes. Não se empanturre. Dê descanso ao estômago. Coma para alimentar-se. Não se intoxique.

3. Restringir as frituras: Se você não resiste a uma fritura de vez em quando, faça com que isto seja apenas uma exceção, e use somente óleos leves, que ajudam a controlar o colesterol. É melhor tentar viver sem frituras.


Eis os 3 simples passos para uma vida melhor.
A vida sem frituras, principalmente, é o melhor dos benefícios. O corpo inteiro é beneficiado, da pele ao coração.

No sábado eu já resistí a um delicioso pastel de palmito e a uma fogazza de 4 queijos.

Vamos lá, amigos! Libertem-se do óleo que intoxica nossas vidas.

(Agora este blog agora também apresenta informações nutricionais para uma vida melhor. Conte aos seus amigos.)

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Por que a Rede Globo pensa que a copa do mundo é um de seus eventos exclusivos e vêem os jogadores como seus artistas contratados?

Estão fazendo daquilo o Big Brother 6 - edição futebolística

Enfim.

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Hey Mr. DJ, put the record on...

Madonna no Brasil, em outubro. Confirmado e oficial. Ahhhh!
Já estou na fila pra comprar ingresso, já estou na fila do Morumbi pra ver esse show lá na frente.

Mais um grande show pro meu currículo showlístico de vida.

quinta-feira, junho 22, 2006

Consumir também me faz feliz

Eu sou a típica pessoa que não pode ter um real na mão que já tem mil formas planejadas para gastá-lo.
Seja num saquinho de pipoca (salgada e com ajinomoto, é claro), seja em balas de goma... o importante por aqui é gastar. Sempre compro além das minhas possibilidades ($).
Essa semana abrí minha conta no banco e já tô pensando no que comprar com o limite do cheque especial.

- Senhor Gabriel, você gostaria de estar adquirindo o cheque especial? não tem burocracia, vou estar aprovando seu limite na hora
- Ah, quero sim... (pulando de alegria, apesar do idioma gerundês das atendentes me deixar extremamente irritado)

Imaginem eu com um cartão de crédito na mão?

Benza Deus!

Acho que preciso de tratamento. Mas esperarei minha amiga se formar em psicologia pra não precisar pagar a consulta (e já vou pensando o que farei com esse dinheiro economizado).

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Já que comecei a falar de psicologia (novamente), preciso dizer que essa semana eu peguei um livro-bíblia pra ler nas férias.
Chama-se A Interpretação Dos Sonhos, de S. Freud.
Nem sei por onde começo, acho que preciso de um dicionário de psicologia. Mas, enfim, é alguma coisa interessante pra ler no meu tempo livre. Dessa vez não lerei Sidney Sheldon e nem A Hora Da Estrela pela enésima vez. Que progresso!

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Essa semana eu tinha que escrever um plano de texto numa prova da faculdade. Escreví sobre "A cena de rock Londrina na década de 60". Minha intenção era falar sobre Beatles/Stones, só que, enquanto delimitava o assunto, lembrei que Beatles eram de Liverpool (óbvio). Tarde demais para mudar o tema.
Aí falei de Pink Floyd e Rolling Stones mesmo. "A influência desses grupos na vida de milhares de jovens ao redor do mundo até os dias de hoje é imensa. Suas mensagems ultrapassaram as músicas e transformaram-se em estilo de vida".

Convenço qualquer um a curtir rock'n'roll.

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Descobrí por que as pessoas são assim: são os hormônios.

segunda-feira, junho 19, 2006

Viver é melhor que sonhar (Como já dizia Elis Regina)

Semanas começando me assustam. Não sei por que, mas me assustam. Não sabemos o que vem pela frente.
Claro que devo levar em conta que as semanas pra mim são formadas por terça, quarta e sexta... segundas e quintas passam tão rápido que eu nem as vejo passando.
E lá vamos nós recomeçando, tudo de novo... mas, enfim... essa é a graça de estar vivo.

Logo vem julho e eu vou estar aqui reclamando que fico a toa o dia inteiro, já que virão as férias da faculdade e do colégio no qual eu sou english teacher. Podem esperar.

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Sexta fui cortar o cabelo. Só que aí, pensei bem... vou mudar o corte.
Agora estou exercitando minha paciência ao deixar meu cabelo crescer.
Já estou a ponto de pegar uma daquelas máquinas de cortar *zmmm* e raspar tudo, mas não vou fazer isso. Não vou!
Por mais tentação que eu passe, por mais difíceis que possam ser os meses que se seguem... eu não vou desistir, sou brasileiro.
Passarei o verão com um visual diferente, isso não é bom?

E haja força de vontade.

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Momento non-sense que ninguém irá entender nada, mas só pra deixar registrado

Tem horas em que nós temos que entrar no jogo das pessoas, por questão de, hmm... boa convivência com o mundo. É pra ser dissimulado? sou ótimo nisso. É pra fingir? ninguém faz isso melhor que eu. Tudo em nome da paz e harmonia.

Eu sou um milhão de pessoas diferentes de um dia para o outro * referência incedental: Bittersweet Symphony, The Verve

Criemos todos um personagem, meus amigos! o mundo será bem melhor... vivemos num grande teatro, não? Haja burrice.

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Por que as pessoas são assim?

quinta-feira, junho 15, 2006

E soy rebelde...

Essa semana uma aluna de 1ª série da minha mãe me pediu um autógrafo. Disse que eu pareço não sei quem do Rebelde, aquela novelinha mexicana que invadiu nossos lares recentemente; que faz as crianças quererem falar espanhol e instiga as menininhas a usarem minisaias (ops, micro-saias) vermelhas com gravatas.

Aí, obviamente, eu disse que não assinaria nada porque eu não faço parte daquilo. E a menina ficou triste... todo dia ia pedir pra minha mãe meu autógrafo... e aí eu assinei um papel pra ela. Me sentí o próprio Júnior irmão da Sandy. E a menininha ficou tão contente, mas tão... nem eu tirando foto ao lado de Jon Bon Jovi ficaria tão feliz. Enfim, fiz minha boa ação do dia. E ainda senti o gosto da fama a la mexicana. Benza Deus.

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Provas, provas, adoro provas. Descobrí que dá pra fazer provas numa boa somente usando a lógica e o bom-senso. "Cite uma mudança na imprensa após a revolução industrial" - não fazia nem idéia. E isso valia um ponto, um ponto inteiro... que coisa de valor! não podia deixar em branco. Então, fui pela lógica... revolução industrial = aumento da produção = aumento no volume de publicações.
E não é que acertei? Conferí no caderno, era isso mesmo. O resto dessa prova foi indo no mesmo estilo, só indo pelos meus conhecimentos arquivados de épocas remotas.

Adoro uma lógica, deveria estar fazendo faculdade de matemática com especialização em álgebra e trigonometria. Benza Deus.

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Por que as pessoas são assim?

domingo, junho 11, 2006

Carboidratos me fazem feliz

Domingos sem sol me alegram por natureza. Geralmente eu deito na minha cama e fico olhando a janela, aquele céu nublado... adoro fazer isso.

Hoje foi diferente, não fiz isso, mas tive um ótimo domingo nublado no parque do Ibirapuera (por sinal, um dos lugares que eu mais gosto de ir). Estou ficando ótimo na bike, até pareço um rapaz esportista. Já consigo desviar das pessoas com uma destreza... (Thiago não pode dizer o mesmo)

Depois de muito pedalar, fomos dar uma volta na Av. Paulista (por sinal, outro dos lugares que eu mais gosto de ir). Só pro dia não ser totalmente atípico, terminamos pedindo números 4 e 8 no Mc Donald's da Paulista. Símbolos-mor do carboidrato que tanto faz mal ao corpo. Andamos, andamos e sempre terminamos com a bandeja do Mc na mão. Homens previsíveis e não muito saudáveis, porém felizes.

E essa semana começam minhas provas semestrais.
Estou tranqüilo, mas existem pessoas que tem talento pra me deixar nervoso antes de provas.

Porém essa semana ninguém tira minha paz de espírito, estou num momento super zen; sinto-me meditando no Tibet.

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Ops, meia-noite tá chegando, já é quase segunda-feira. Hora de voltar pro porão, gato borralheiro.

sexta-feira, junho 09, 2006

Repressões e condolências

Conversando com uma amiga estudante de psicologia, descobrí que realmente sonhos são desejos reprimidos.

Sempre ouvimos isso ao longo de nossas vidas, mas ouvir de quem estuda o assunto é diferente.

Analisando meus últimos sonhos, isso faz muito sentido. E fiquem ligados... as vezes nosso subconsciente nos apresenta desejos que nem tínhamos nos dado conta que existiam.

Mas atualmente só tenho sonhado com coisas inúteis. O que dizer do meu sonho de hoje, no qual eu voltava pra minha casa antiga? Deus me livre voltar pra lá. Acho que não sei sonhar.

Porém, Freud e a psicologia não explicam tudo. E quando a gente sonha com um monstro nos devorando vivo?

Mistérios da vida.

(Obs: Me comoví com todas as mensagem de apoio recebidas em relação ao meu possível ingresso na carreira militar. Entre "se ferrou" e "bem-feito", achei o que precisava para seguir em frente. Obrigado, amigos! sei que há muito amor implícito aí. Reprimido, mas há.)

terça-feira, junho 06, 2006

Nas obrigações militares (parte I)

Acordo às 5h30 da manhã. Chego na junta militar às 6h30, meia hora antes da junta abrir.
Encontro uma fila que dava voltas no quarteirão. Nem no show do U2 tinha enfrentado uma coisa dessas.

O que leva uma pessoa a madrugar na fila do alistamento militar?

Enfim.

Fiquei lá, de pé, por uma hora e meia. Enquanto isso, fui fazendo esse post mentalmente. Encarava aquilo como se estivesse na fila de um show dos Rolling Stones e a qualquer momento veria Mick Jagger saindo de trás do poste cantando Jumping Jack Flash.

Aí chegou a minha vez de entrar.

Entramos num grupo de 90 pessoas. Esperei mais uns 15 minutos e o pessoal de lá começou a decidir nossa vida.

Vem o tenente e começa a ler uma lista:

Gabriel Silva - Dispensando por excesso de contingência
Gabriel de Oliveira - Dispensando por excesso de contingência
Gabriel não sei do que - Dispensando por excesso de contingência

(...)

Gabriel Valente - Convocado para a segunda etapa do alistamento. Comparecer aqui novamente no dia 14 de julho, no mesmo horário.

Então lá vou eu novamente dia 14. Imaginem a minha cara de felicidade ao ouvir isso!
Mas Deus quis assim; amém.

Mas dessa vez, irei de mala, cuia e um bom livro pra ler. O tédio das filas não me pegarão mais.

Não contavam com a minha astúcia.

domingo, junho 04, 2006

I Wish I Was A Punk Rocker (With Flowers In My Head)

Ah, eu queria ser um roqueiro punk com flores em minha cabeça. Em 1977 e 1969, a revolução estava no ar. Mas eu nascí muito tarde, num mundo que não se importa.

Quando o chefe de estado não tocava guitarra, quando nem todo mundo dirigia um carro, quando a música realmente importava e o rádio era rei, quando os contadores não tinham o controle e a mídia não podia comprar sua alma; os computadores ainda eram assustadores e nós não sabíamos de tudo.

Quando os popstars remanesciam como mitos e a ignorância podia continuar a ser uma alegria, quando Deus salvou a rainha e ela tinha um tom mais claro de palidez, quando meu pai e minha mãe eram adolescentes e a anarquia continuava como um sonho; o único jeito de se manter em contato era com uma carta no correio.

Quando as lojas de discos eram no topo e os discos de vinil eram tudo o eles tinham no estoque, quando o viaduto com destino a super informação estava flutuando fora do espaço, quando as crianças vestiam ítens velhos e descartados e brincavam aos pontapés; os jogadores de futebol ainda tinham cabelos compridos e rostos sujos.

Ah, eu queria ser um roqueiro punk com flores em minha cabeça. Em 1977 e 1969, a revolução estava no ar. Mas eu nascí muito tarde, num mundo que não se importa.

Oh I wish I was a punk rocker with flowers in my head.


(Obs: Minha tradução literal da música de Sandi Thom, roqueira inglesa; uma das canções candidatas a hit do ano no Reino Unido)


sexta-feira, junho 02, 2006

Campanha para um mundo melhor

("And in a few minutes, Bon Jovi live, only in the BBC Radio 2. They will play several classic and new songs, exclusively here." Ok, vamos esperar - programa para gravar áudio em stream: ready)

Tomar um ônibus em São Paulo, no centro da cidade, pode ser uma experiência traumatizante.
Eis que eu, após passar uma tarde inteira fazendo dinâmicas e testes de seleção numa empresa, me arrisco a tomar um ônibus no Terminal Parque D. Pedro. Às 17h30. Ha-ha-ha!

No letreiro dos ônibus, deveria vir escrito uma lei primordial da física: "DOIS CORPOS NÃO OCUPAM O MESMO LUGAR NO MESMO ESPAÇO". Até eu que nunca soube o que significa curva tangencial sei disso.

Entrou uma mulher no ônibus. Depois de alguns minutos, entra seu filho. Ela tava no fundo do ônibus, ele na frente. E não é que ele quis ficar ao lado da mamãe e quase pisou na cabeça de todos pra conseguir essa proeza? Em tempo: Ele devia ter o dobro do meu peso e uns 20 e poucos anos.

("BBC, Raaadio Twooo" - Já ouvi Beyoncé, Keane, Franz Ferdinand, Paula Abdul e nada do Bon Jovi ao vivo e exclusivo)

E o ônibus lá, parado no terminal, esperando pra sair. E iam entrando passageiros sem parar, mesmo com pessoas quase dependuradas na janela. Aonde foi parar o bom-senso das pessoas? E eu lá... sendo pisado, empurrado, amassado. Depois de 30 minutos, chego em casa. Eu sobreviví! Sou um sobrevivente.

(Gloria Estefan ainda existe! BBC Radio 2 a desenterrou das profundezas nessa manhã. E agora, Paul McCartney canta: "Get baaack, get baaack..." E meu super audio stream recorder continua esperando para ser usado pela primeira vez. AHHH! - gravando -)

Quando Virginia Wolf escreveu a célebre frase "Viver é muito perigoso, mesmo que apenas por um dia", ela provavelmente se inspirou numa visão profética de um ônibus cheio em São Paulo.

Por isso, volto a dizer: vamos fazer uma campanha pela divulgação das leis de física nos ônibus.

Teremos um mundo melhor.



Depois do começo...

Começar um blog é algo um pouco difícil. Não que eu seja blogueiro de primeira viagem, postava num blog antigo a dois anos e meio... só que cansei dele. Era muito "diário da minha vida". Agora decidí mudar, então, mudemos. Mudei hoje.

Dedico esse post inicial a todos aqueles que não tem medo de mudar.
Ê coisa clichê, meu Deus!

É melhor eu ficar aqui com frio e deixar pra postar depois.