sábado, abril 05, 2008

Saturday night's alright (for fighting)

Sábado é o dia mais democrático e neoliberal da semana. Depois das 20 horas, então, eleve seu poder a décima potência. Não há maniqueísmo num sábado a noite. Tudo é relativo. (Quase) tudo vale a pena.

Quando Huxley escreveu Admirável Mundo Novo, ele devia estar pensando numa noite de sábado que não terminou. Pode esquecer seu nome, o superego agradece. A vida semanal entra em stand by e um alterego de sábado assume o comando. Dada as proporções, é bom tomar cuidado: nem sempre o que acontece no sábado fica no sábado. E tem coisa pior que a repercussão da noite durante a semana?

Saturday Night Fever é o filme e Holiday é a música. No sábado, qualquer canto é válido, desde que haja música, pessoas e dois dedos de algum diminuidor da inibição. Pessoas, aliás, é um caso à parte: quantas são as amizades que só são lembradas numa noite de sábado?

Tem gente que adota a doutrina do sábado durante a semana, mas aí perde a graça. Se todo o dia é sábado, qual a vantagem do 6.º dia da semana? Não se deve levar o dia a sério. Nada que começa num sábado é pra sempre.

E depois é domingo, dia mundial da volta da consciência.

A solução é esperar o próximo sábado - afinal, só faltam seis dias.
E viva a pós-modernidade.