sexta-feira, julho 21, 2006

Saudades

Do tempo em que cabular as duas últimas aulas (2 ou 3 vezes por semana) era tudo o que eu mais queria.
Atualmente, se perco uma aula na faculdade, já me sinto mal.

Do tempo em que não fazer educação física era meu objetivo do dia. Hoje em dia, sou o atleta de academia.

Do tempo em que eu gastava todo meu dinheiro num CD edição especial japonesa por causa de uma ou duas músicas bônus.
Agora só compro CD no saldão do Submarino.

Do tempo em que eu vivia pintando o cabelo e não saia de casa sem gelzinho.
Hoje, tem vezes que eu nem me penteio, só dou uma arrumada no cabelo com a mão.

Do tempo em que tocava uma musiquinha no violão e me sentia o rockstar. Meu maior sonho era ter uma guitarra.
Realizei meu sonho e, no máximo, vejo-me como um concorrente do Ídolos (do SBT) tocando um violãozinho.

Do tempo em que elaborar as melhores colas pra prova de física e química eram minhas maiores preocupações.
Hoje, nem sei mais o que é colar. Estudo, estudo e estudo.

De assinar camisetas no final do ano letivo, com as célebres expressões: "Te adoro 4ever, amigos 4ever, conte sempre comigo" e coisas do gênero.
"Sem saber... que o 'pra sempre', sempre acaba" - Renato Russo

Do tempo em que ter 100 reais na carteira (ganhados no natal ou aniversário) era como ter um cartão de crédito sem limites e nem saber como gastar.
Agora, todos meus 100 reais vivem mais empenhados, contados e administrados que água em época de racionamento na praia.

Portanto, concluo que tudo é relativo, como dizia mestre Einsten.

Nunca substime o poder do tempo; nossas vontades e gostos tem prazo de validade. (vide meu caso)

Obs: Poderia continuar listando mais várias outras coisas, mas não quero baixar o nível deste blog. Mamães e senhoras de idade talvez possam ler isso e eu sou rapaz direito.



Saudades dos meus 14/15/16 anos... mas, como tudo na minha vida, saudade passageira.

Ainda bem.

quinta-feira, julho 13, 2006

There's nothing conceptually better than rock'n'roll (John Lennon)

E como hoje é o dia mundial do rock, não poderia deixar isso passar batido.

Pra muita gente, é apenas um estilo de música de gente doida. Uma barulheira.
Pra outros, é algo ultrapassado. Uma atitude antiga.

O rock vem se reinventando desde a década de 50. Passou pela revolução dos anos 60, pela psicodelia dos anos 70, pela festa dos anos 80, deu uma grande chacoalhada nos anos 90 e agora anda bem quieto na nossa era pós-moderna.

Sim, atualmente o pop/rock vem dominando o mundo e há muito tempo não temos nada realmente bom, mas será que alguém tem idéia de quantas pessoas diariamente descobrem os Rolling Stones? quantas pessoas ao redor do mundo ouvem um Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band pela primeira vez? quantos jovens guitarristas se inspiram com mestre Jimi e sua Voodoo Child?

Aqui no Brasil, temos Renato Russo e sua Legião Urbana. É comum de se ver algum moleque em loja de CD's levando pra casa um Legião Urbana - Dois e descobrindo aquilo anos e anos depois do fim da banda.

Por isso, o rock'n'roll já ultrapassou as fronteiras do som. Nenhum estilo foi tão forte, influenciou e abrangeu tanta gente e sobreviveu por tantos anos como o rock (sendo este em todas as suas vertentes).

Mas esse dia mundial do rock está de luto. Perdemos Syd Barrett, gênio criador do Pink Floyd, uma das maiores e mais inovadoras bandas de rock de todos os tempos.

Portanto, dediquemos esse dia a ele.


"Rock'n'roll will never die", já dizia Neil Young.
E a obra do Crazy Diamond também não.

quarta-feira, julho 12, 2006

Férias

Sem trabalho, sem faculdade, sem o relógio fazendo pressão psicológica da nossa vida cronometrada.

Passar os dias a toa é bom... mas adoro uma loucura de horários.

E descobri por que os dias passam rápido: vivemos planejando amanhã e não vivemos o presente.

Vai entender.

Dá preguiça até de escrever aqui...

[ Off ]

...

quarta-feira, julho 05, 2006

Quem viu a sexta estrela no céu nublado?

E agora as pessoas lamentam-se pela eliminação do Brasil na copa.

Mas numa seleção de pseudo-brasileiros, onde grande parte dos jogadores moram na Europa e ganham milhões de euros para estamparem campanhas publicitárias das maiores grifes do mundo, tenho certeza que a vida de ninguém mudou.

Todos saíram do jogo e foram para um hotel 5 estrelas na Alemanha.

No outro dia, enquanto os brasileiros voltavam pro trabalho, eles provavelmente descansaram da "grande pressão emocional" que foi a derrota na copa. Nada que uma conferência no extrato de suas respectivas contas bancárias não resolva, é claro.

Por que o Ronaldinho, o Fenômeno (o que ele tem de fenomenal?) jogou todos os jogos e o Robinho, grande promessa do nosso futebol, só entra nos últimos dez minutos do último jogo?

Isso é óbvio, meus amigos... Ronaldinho é garoto-propaganda da Nike. Robinho não.

E nosso povo, aquele que assistiu sentado ao circo da corrupção no qual a estrela principal caminha pra reeleição, estava lá desde as 6 da manhã no Anhangabaú amontoando-se pra ver o desfile de astros da nossa seleção.

Me orgulho de não ter visto um jogo dessa copa.

terça-feira, julho 04, 2006

'Cause it's a bitter sweet symphony, that's life

Sem mudanças, eu posso mudar
Mas eu estou aqui da minha forma
Eu sou um milhão de pessoas diferentes de um dia para o outro

Os caminhos de ar estão limpos e não tem ninguém cantando pra mim agora

Eu vou levar você abaixo pela única estrada na qual eu já estive

Você sabe que eu posso mudar

Porque é uma sinfonia agridoce, essa vida

...

Preciso dizer mais alguma coisa?
Salve o maior poeta dos anos 90: Richard Ashcroft