sábado, janeiro 09, 2010

Segundas chances

Ele esperou, esperou, esperou. Deixou para lá, tantas vezes... Até ruir. É na hora que a coisa explode que a gente vê o quão falha é nossa tendência a buscar sempre um intermédio. Deixar tudo no lugar e esperar que as pessoas mudem. Não mudam, até que acabam. Como um objeto, nós acabamos -- e não apenas fisicamente.

Ambos foram vítimas de seus instintos, tantas vezes... Até que velho voltou à tona. Com quantas emendas se reconstrói o que não gostaríamos que se desfizesse? Ele não sabia, mas se agarrava às lembranças, ao passado, em detrimento do presente, seja ele qual for, com dois olhos no futuro. Poderia dar certo?

Em vez do ponto final, a reticência; sempre indolor, nunca definitiva.

A verdade é que o imediatismo, sempre apedrejado pelo senso comum do que é ser sábio, pode resolver muita coisa. Desde quando comodismo é positivo? Água parada junta mosca, já diz algum ditado. E aí chega a tempestade, o inferno, e não tem como segurar a bacia. Não mais.

O lado bom é que essencialmente as pessoas são livres, e os arranjos, temporários. Podemos nascer e renascer todos os dias. Para novas pessoas.

2 comentários:

Anônimo disse...

necessario verificar:)

Anna Machado disse...

Uau! Achei esse blog "do nada" e era exatamente o que precisava ler...